segunda-feira, 14 de junho de 2010

Se ficar mais velho... então eu quero mais idade...

Se fazer anos é ficar mais experiente, mais velho, mais entendedor do que se passa nas mentes e corações, se fazer anos é aumentar em um grau a apuração do gosto, é aprender a olhar para todo mundo nos olhos, é sentir que deu um passo adiante no caminho da evolução, é sentir o mundo mais próximo, é ver uma flor e não pisá-la – posto que as flores ficam mais visíveis aos mais maduros –, se fazer anos é pensar em construir mais que destruir, é pensar em amar mais que odiar, é viver mais agora do que ontem ou amanhã, é amar cada vez mais, é melhorar hábitos alimentares, é preocupar-se tanto com o corpo quanto com a mente e as emoções de forma mais equilibrada, se fazer mais anos é tornar-se mais paciente, mais aberto a críticas, mais sortudo, mais cheio de poucos e verdadeiros amigos, se fazer anos é completar velhos ciclos e abrir novos, se é ter novas experiências, se é amar mais as crianças, aprender a apreciar detalhes, entender um pouco melhor as intricações da vida e o valor dos gestos, se é entender mais do que seu corpo é capaz e aprender, com isso, a respeitá-lo mais, se é doar-se com mais generosidade ao mundo e às pessoas, se é aprender a olhar o outro com mais compaixão e para si mesmo com mais humildade, se fazer anos é não apagar, mas acender velas, iluminando corações, estradas, quartos solitários, se fazer anos é aprender a viajar mais, a comer melhor, a despir-se inteiro, se é aprender a ouvir música melhor, se é encontrar e reencontrar livros, se é festejar com os amigos queridos, se é um relacionar-se com seu objeto de desejo e amor com mais profundidade e entendimento, treinando a incondicionalidade do amor verdadeiro, se é ganhar presente, se é lembrar daquele cheiro de pão feito pelas mãos da mãe, as bandeirolas penduradas ao ar , ah se fazer anos é tudo isso, eu quero mais é apagar muitas velinhas sim, sempre. E no meu mais novo recorde, que é ter 24 anos, eu quero é agradecer o carinho da vida por mim, essa vida que chamo de Deus, , que tão pacientemente têm-me provido disso tudo e de tudo o mais que eu sempre desejei, desde o início dos inícios. Por mim, hoje, não apague, mas acenda uma vela, uma luz no seu coração, e espalhe esse sentimento pelo mundo. Esse é o maior voto de felicidade que posso receber de vocês.Muita paz, anos, anos de vida a todos nós, e muita felicidade!

terça-feira, 1 de junho de 2010

Depois da tempestade vem ... o Frio de Sampa!


Depois do último post com apenas um recado... (de uma amiga por sinal) e diversos e-mails recebidos.

(-Pausa para puxar as orelhas: Pessoal, leitores, internautas, galera que está apenas passeando pela net... Pode comentar aqui que respondo, não há necessidade de abrir sua caixa de e-mails, copiar meu e-mail e fazer perguntas mil de Sampa. Inclua-se no Manual de Sobrevivência e comente. Sua dúvida poderá ser a dúvida do outro biruta que também quer se mudar para São Paulo- Fim da Pausa)

SO... após o post anterior, post este que decidi me abrir, chorar e reclamar, pois era realmente isso que estava passando. Não é que minha vida mudou!

É como jogar vídeo game. Você passa uma fase fácil para se adaptar ao jogo e vem outra ferrada e você não passa... Acredita que nunca vai passar... e treina, esquece as provas da facul, esquece da sua mãe ou da roupa que tem que lavar e treina. E um dia... BINGO... você passa e se sente um fudidão. É isso. Simples assim.

Ralei tanto aqui em São Paulo galera. Madrugadas a fio trabalhando. Às vezes sem grana, às vezes sem paciência, outras de saco cheio e muitas vezes sem celular, pois roubaram o meu pela milésima vez.

Pois foi neste ponto que respirei, e falei : VOU VOLTAR! Voltar para minha vida interiorana, voltar para o cheiro de esterco (no bom sentido, pois, pasmem, adoro cheiro de esterco), para as paisagens mais lindas do mundo... e neste devido capítulo da novela, a vida dá uma guinada e eu consigo tudo o que eu queria: O emprego perfeito, o amor perfeito, a casa perfeita, os amigos, o salário e começo a escrever assim, como um bobo do diário de Doug Funny. Sem palavras pensadas e reescritas... apenas escritas.

Hoje to assustado. Com medo de ter perdido um eu que se transformou depois 3 anos em São Paulo. O caipirinha que chegou aqui com uma mala pequena e uma esperança gigantesca, o interiorano que perdeu o sotaque e necessita mudar de MSN, pois os amigos do interior esqueceram quem eu fui. Mas vou te contar: Valeu a pena!