terça-feira, 13 de outubro de 2009

Vouyer Vou-yer Vay-er VVayner Wagner


Depois de dois anos em São Paulo, escrevendo neste maldito Saara-blog. Sim, deveria chamá-lo de Saara. É um deserto. Não há comentários. Não tenho um link para ver quantas pessoas entraram ( na verdade não quero saber quantas pessoas entram aqui. #medodesaber)
Voltando...
2 anos em São Paulo... ainda não acostumei... ainda não sou feliz. Sinto-me em uma pseudovida, quando eu acordar estarei no meu quarto de parede azul, com meu computador, a zona de roupas espalhadas pelo quarto e a natureza na janela do interior.
Não estou 100% feliz. Sempre quis vir pra cá, ter minha liberdade, minha vida, minhas coisas. Hoje moro em um apartamento com 1 quarto, 4 rapazes, 1 sala grande, um banheiro com aquela banheira do clássico Psicose e uma área de serviço com vista para o nojento minhocão.
O melhor da vista de casa é a expectativa. É isso mesmo.. Expectativa do que acontecerá na janela do vizinho. (Tenho mania de chamar de casa, mas quero dizer apartamento, okey!)
Um estilo BBB-vouyer! Conheço todos os vizinhos do prédio da frente. Apenas eu os conheço, eles não me conhecem!
Sei quem mora, quem é visita, quem é namorado e outras vezes sei que é vizinho novo! Sei porque sei ou suponho que sei. Não assisto a televisão horrível de casa, sem antena e com a imagem fudida. Assisto os vizinhos.
Ontem lá pelas 11 da noite um deles começou a gritar. O som vinha do apartamento onde eu sei que moram 3 rapazes, que vivem fumando maconha. Ele gritava que ia pular da janela, ia se matar, que não queria mais... e depois ficou quieto... ele não pulou! Claro! Quem quer se matar não fica avisando, gritando... "eu vou me matar..!!" Vai e faz, certo?
É como terminar namoro, normalmente quem realmente quer terminar vai lá e termina... não fica avisando "ai vou terminar.. hoje eu vou..."
Acho que São Paulo deixa as pessoas loucas. Loucas mesmo, birutas, "tam-tam", seja lá como você chama isto.
Na verdade falo de loucura porque estou apaixonado, preocupado, interessado, tentado e esfomiado porque não tomei café ainda.Sou este misto de sentimentos. Geminiano. Chato duas vezes e Legal duas vezes olhando a vida dos outros para ver se esqueço a minha...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

PRESSA NO AMOR

Este texto não é de minha autoria, mas gostaria de dividir com todos.

Temos pressa... Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira e sai em disparada, se não há mais tempo para paradas estratégicas, caímos fatalmente no vício de querer que os amores sejam igualmente resolvidos num átimo de segundo.
Temos pressa para ouvir "eu te amo", não vemos a hora de que as regras de convívio fiquem estabelecidas: somos namorados, ficantes, casados, amantes?
Urgência emocional. Uma cilada. Associamos diversas palavras ao amor: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação.
Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse sentimento: paciência.
Amor sem paciência não vinga.
Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, com fome desesperada.
É preciso degustar cada pedacinho do amor, no que ele tem de amargo e de saboroso, no que ele tem de duro e de macio, os nervos do amor, as gorduras do amor, as proteínas do amor, as propriedades todas que ele tem.
É uma refeição que pode durar uma vida. Mas não. Temos urgência...e-mail ainda hoje, queremos que o telefone toque sem parar, queremos que ele se apaixone assim que souber nosso nome, queremos que ela se renda logo após o primeiro beijo, e não toleraremos recusas, e não respeitaremos dúvidas, e não abriremos espaço na agenda para esperar!
Temos todo o tempo do mundo, dizem uns; não há tempo a perder, dizem outros. F
icamos perdidos no meio deste fogo cruzado, atingidos por informações. Parece que todos sabem mais do que nós, pobres de nós, que só queremos uma coisa nessa vida: ser amados.
Podemos esperar por todo o resto: emprego, dinheiro, sucesso,balada, mas não passaremos mais um dia sequer sozinhos. "Te amo", dizemos para quem tiver ouvidos e souber responder "eu também", que a gente está mais a fim de acreditar do que de selecionar.
Urgência emocional. P
Pronto-socorro do amor e o coração leva um monte de pontos por causa dessa tragédia: pressa.

Martha Medeiros

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Como e quanto custa morar em São Paulo?


Ultimamente recebo diversos e-mails falando sobre o Blog. Perguntas e mais perguntas... Resolvi que darei uma atualizada maior aqui.

O ultimo e-mail que recebi foi do Nickolas Souza de Manaus:

"Olá amigo adorei ler sobre o seu manual, eu moro em Manaus e estou querendo muito ir morar ai em SP, eu trabalho para o banco santander e tenho a opcao de transferência, gosto muito to estilo de vida dai de SP, aq na minha cidade é muito muitoo tranquilo e cansou um pouco esse tédio daq, voce sabe mais ou menos quanto sai um aluguel em um lugar bacana ai?? a principio eu to indo só, mas realmente pretendo dividir com outra pessoa pra ficar mais em conta o aluguel!"


Pois bem senhor Nickolas e demais interessados em um "apErtamento" em Sampa: Não é segredo para ninguém que o aluguel em São Paulo é caro e que a dificuldade de alugar é pior que o preço! Então resolvi fazer uma "listinha" básica de como fugir da casa de mamys e vir para Sampa...!!!

1- Encontre seu espaço:

Existe sites que te ajudam a encontrar um lugar bacana para você morar em Sampa, antes mesmo de vir pra cá! São pessoas "se oferecendo" para morar com alguém ou até mesmo com quartos vagos precisando de moradores e dividir as temidas contas. Quase um casamento!
Ponto Positivo: Você busca por localização, por estilo de pessoas e tem até fotos para você ver a cara do mané ou a espelunca que é!
Ponto Negativo: Tem residências e residências... Tem umas no estilo 7 camas por quarto e outras 1 pessoa por quarto, e claro aquele que quer o seu cantinho reservado pagará mais caro por isso. Não pague nada antes de conhecer o local. Alguns lugares pedem dois ou mais aluguéis adiantados. Às vezes é apenas um banheiro para os 12 candangos usar! Se você é nojento fuja dessa!!!
Valores: O valor sairá, em média R$ 200,00 para quartos divididos e 700,00 para quartos individuais.
Sites de ajuda: http://www.olx.com.br/ (free) ou http://www.easyquarto.com.br/ (neste segundo é possível uma utilização free, mas você não consegue conversar com ninguém direito. Vale à pega pagar a taxa)


2- Mas quero alugar o meu "ap"!!!! Posso??

Claro que pode, foi o que eu fiz (Experiência própria!).
O processo é um pouco complicado.

1º Encontrar o ap: Você tem que vasculhar tudo: sites, ver placas de aluga-se nas ruas, ir em imobiliárias, conversar com amigos... é um trabalho árduo!

2º Papelada: Existem três formas de aluguel:
- Depósito antecipado: Você paga 3 vezes o valor do aluguel como garantia.
Ponto Positivo: Normalmente não necessita de fiador.
Ponto Negativo: Em alguns lugares o valor de um aluguel fica para a imobiliária, e os outros dois alugueis são utilizados na primeira parcela e na última do aluguel. Poucos lugares aceitam esse esquema.

- Seguro fiança: Você contrata uma seguradora que pagará os valores iniciais e você pode dividir o valor.
Ponto Positivo: Fica mais fácil alugar o "ap". Excluir o fiador da sua vida.
Ponto Negativo: Algumas imobiliárias não aceitam. A papelada é grande para entregar à seguradora.

-Fiador: Você precisa de um louco que tenha um imóvel em Sampa, não é no interior de Sampa, é na capital mesmo. O mesmo louco precisa ter um holerite fenomenal e paciência para providenciar a papelada pra você.
Ponto Positivo: Se você não pagar o aluguel seu nome fica limpo, pois o nome do seu Louco-fiador vai para o SPC, SERASA e tá ferrado!
Ponto Negativo: Desista... caso o fiador não seja sua mãe, seu pai ou qualquer pessoa que tenha o mesmo tipo sanguíneo que o seu.


3- Repúblicas!!!

Recomendo o site www.republicasdobrasil.com.br
Ponto Positivo:
Fácil de encontrar “reps” bacanas, galera animada e contatos com seu perfil.
Ponto Negativo: É para quem faz facul! Que tenha “pique” para curtir uma festa dentro da sua “rep” e que não se incomode de encontrar alguém transando na sua cama em uma dessas festas.


4- Pensando nas Pensões

Muitas pensões têm propaganda nos site olx e easyquarto. Normalmente os moradores são pessoas que vêm de outros estados e pouquíssimas são mistas. Há pensões “temáticas” para gays, lésbicas, homens, mulheres, garotos de programas, trabalhadores noturnos ou diurnos, estudantes e com móveis ou sem móveis.
Ponto Positivo: É simples e rápido de entrar
Ponto Negativo: A velha história do banheiro comunitário, ficar em um mesmo quarto com várias pessoas e o preço nem sempre é muito receptivo.



Espero ter ajudado ou não a galera que tem o sonho de morar em Sampa!!!

Mais dúvidas ou sugestões entre em contato com o nosso SACs: wagnermnogueira@gmail.com

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

MICROBLOG MICROCONTO

Estive pesquisando na net e achei mega interessante o Microconto...
Escrevi alguns no meu Twitter e espero que vocês aprovem!


A espera
Preparou a cama com pétalas de rosa, velas, e um champagne. Vestiu sua melhor roupa e esperou o amor da sua vida sentado para não cansar.


Verde
Sua roupa era verde, seu sapato era verde, gravata e meias? Verdes! Os olhos também. Não tinha esperança a não ser na vestimenta.


7 meses
Sete meses e ele saiu pela porta sem avisar, com sangue em todo corpo e um berro gigantesco. Não aguentaria esperar os nove meses.


A verdade
Aline não pensava mais nele. Agora era evangélica. Menina pura com a virgindade perdida em algum lugar.


Saliva
Passou anos sem beijar. Não sabia mais o que era sentir outra saliva. Desistiu de procurar e contentou-se com as lambidas do seu cachorro.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pensando em sê-lo. Fui-me. Ei-lo ser quem fui.



Hoje acordei com uma vontade maior de viver e esse texto é um fluxo do meu pensamento.

Engraçado acordar querendo abraçar o mundo e sentindo-se um gigante da sua vida.

Uma lágrima de alegria pode até ir de encontro ao chão e mostrar o quanto sou real e ao mesmo tempo o quanto o imaginário me cativa.

Sou um escravo dos meus pensamentos. Pensamentos estes que me levam a loucura.

Descobri que mais difícil que controlar o coração, é controlar o pensamento.

Na realidade ele é o culpado e o grande amigos dos seus atos.

Não se ama com o coração, ele é o orgão que o faz filtrar a vida, filtar seu eu e sua intimidade.

Mas quem comanda mesmo são os pensamentos armazenados nesta caixola.

Tive de procurar um especialista para ajudar-me a controla-los, pois são intensos, tão profundos e fazem confuso, feliz, triste e rir e chorar em menos de um minuto....


Poderia-se criar botões do sentimento na mãos, onde cada digital expressaria um sentimento e uma vontade.

Não, não quero ser um robô. Quero apenas controlar o incontrolável. Controlar o outro gêmeo dentro de mim. O outro eu, que por sinal é bom, mas oh menino difícil ! Caso chinelo ou cintadas resolvesse, seria fácil. Não!

Ele sou eu... sem querer sê-lo!

sábado, 13 de junho de 2009

Velas que aumentam meu desejo de viver


Mais um ano que apago as velas do bolo que representa meus 23 anos vividos e pouco compreendidos.

Meu aniversário é mais do que um dia em que completo mais um ano de vida, tornou-se um "ano novo" que me faz repensar tudo que passei de um ano para o outro.

Penso na minha infância, nos meus aniverários com enfeites colados nas paredes, é assim, algo que me trás nostalgia e instropecção.

E lágrimas que guardei durante um ano todo são derradas, trazendo alegria e tristeza.

Alegria pelas conquistas e vitórias. Tristezas que não sei expressa-las, que sinto, mas não compreendo.

E então, vou para o interior, fujo de São Paulo e consigo pensar. Consigo olhar para a paisagem imóvel, inalterada. Meus CDs, minha cama, meu guarda-roupa que guarda um pouco do que fui, um pouco de quem ainda sou.

E o futuro? Espero congela-lo no Wagner que sou, nos conceitos que tenho e não irei modificá-los. Só quero ser feliz, ou continuar feliz... =)

sábado, 23 de maio de 2009

Amargo e Verde.


Levantou-se apressado para não perder tempo algum, seus pensamentos já maquinavam planos para o dia. Tudo o que necessitava, faria. Não se importava com mais nada, apenas com sua própria necessidade. Precisava aumentar sua conta bancária , seu gordo saldo ainda não era suficiente, precisava de uma grande idéia, algo que revolucionaria a história de empreendimentos e o dinheiro entraria fácil como água.
Não poderia apreciar o café em casa. A vasta mesa com frutas frescas, manteiga importada e pães selecionados, ficaria para outra oportunidade.
Passou pela saleta onde filho e esposa saboreavam aquelas delicias.
- Bom dia, vou para o escritório.
O "bom dia" seco era solto ao vento sem perceber quem realmente ocupava as cadeiras da mesa. Era apenas um “bom dia” de obrigação ou por mero costume, pois não necessitava ser simpático ou carismático, era seu próprio patrão. Imaginava que sua família não necessitava de atenção. Mantinha os melhores carros, um apartamento de alto padrão e caso adoecesse, os melhores médicos da região curariam e receitariam. Era ele próprio quem favorecia isso, com muito trabalho, apenas trabalho... Continuava pensando, maquiando mais trabalho, mais dinheiro...
Chegou ao escritório e tomou seu café matutino, preto e amargo.
- Açúcar é para pessoas fracas, que não suportam a realidade da vida e a escondem com um prazer doce.
O mesmo "bom dia" obrigatório e sem expressão foi solto pela sua boca.
Sua sala era escura, com detalhes de madeira e sem cor alguma.
Ligou a TV. Poderia monitorar todos que trabalhavam na empresa por meio de câmeras dispostas em todos os lugares, em todos ambientes e até mesmo no banheiro. Ele mandava, era onipresente, onipotente...
Assistia a TV vislumbrando sua obra. Na tela os funcionários trabalhavam como formigas e nada poderia sair da sua normalidade.
O telefone tocou, era sua secretária:
- Um funcionário quer conversar com o senhor.
Uma das formigas deixou sua cadeira e pela TV era possível ver a sala vazia. Era um dos seus melhores funcionários, ajudou-o a crescer e desenvolver suas habilidades na empresa por simples comodismo e por dó. O rapaz morava em um bairro simples e demorava 3 horas para chegar na empresa dentro de um ônibus lotado, tinha 2 filhos e sua mulher era uma das empregadas domésticas de seu apartamento.
- Vim pedir ao senhor um ajuste no meu horário, minha carga horária dobrou, os ofícios aumentaram, entro às 8 da manhã e saio ao anoitecer. Estou doando-me por completo para a empresa, porém não tenho tempo para levar meu filho ao médico.
Demitiu o rapaz. "Agora ele tem tempo livre para levar seu filho ao médico e não me incomodará mais" pensou.
Abriu seus e-mails com a maior calma e despreocupação. Haviam 5 avisos marcados em vermelho. Foram lidos e marcados como importante, por ele mesmo. Todos eles continham o aviso: "Visitar mamãe no hospital do centro". Havia esquecido de visitá-la. Ligou para a secretária:
- Ligue para minha irmã e repasse a ligação a mim.
Não se recordava o telefone de sua mãe e muito menos de sua irmã, havia anos que não se encontravam, mas a secretária saberia.
O telefone toca, porém desta vez um som mais sinfônico que o normal. Era sua irmã.
Perguntou sobre sua mãe, como ela estava, se estava bem e o que poderia fazer para ajudar.
- Luis, o que você tem na cabeça? Eu deixei 3 mensagens na caixa postal do seu celular avisando do enterro da mamãe ontem. Imaginei que não foi pois não queria chorar diante dos amigos da família, afinal você nunca chorou na nossa frente, não é? Onde você esteve esse tempo todo?
- Não sei- respondeu ele- Eu tenho muitas reuniões, serviços, pessoas e detalhes a resolver que li seus e-mails mas sempre deixava para o próximo dia para ir visitá-la.
Desligou o telefone sem dizer adeus.
Pegou o celular: 3 mensagens na sua caixa postal.
A voz robótica da sua irmã, na primeira mensagem avisava que o estado de saúde de sua mãe havia piorado. Na segunda mensagem era o aviso do funeral. E a última mensagem dizia: "Luis, não te vi no velório. O que aconteceu? Acharam uma caixinha que a mamãe preparou antes de partir endereçada a você. Fui nos eu apartamento levar, mas você não estava. Deixei com sua mulher."
PIIIIII, apitou o final da mensagem.
Saiu desesperado da empresa. Quando chegou em seu apartamento, sua mulher e seu filho estavam sentados no sofá e na mesinha de centro, estava à caixinha que era verde, verdíssima. Abriu cuidadosamente e dentro dela havia uma carta:
" Meu filho, serei rápida para não tomar-lhe muito tempo. Esta caixinha é onde você guardava suas economias e mesadas, se recorda? Quando tinha 21 anos e saiu de casa em busca do seu futuro, você me disse que por todo amor e todo carinho que eu te dei, eu seria recomeçada com muito dinheiro que você ganharia, porém eu resolvi te dar todo o carinho e atenção que recebi de você durante todo este tempo."
Dentro da caixa havia 3 moedas, um relógio e outro bilhete: " Estas moedas foram as únicas que consegui economizar: a primeira foi no primeiro ano após sua saída, que veio me visitar pois ainda ganhava pouco e não tinha dinheiro para as despesas, a segunda quando seu pai faleceu e você era inda um estagiário da empresa e a terceira é para hoje que tenho esperança que virá me ver, mas como é mais certo que não virá, deixei este relógio, que era do seu pai, como um presente a você. Talvez só assim você perceba que o tempo está se esgotando. Cada minuto que passa é menos uma pessoa que te ama saindo da sua vida, é menos um segundo para dizer eu te amo para sua mulher, é menos um segundo para ligar para sua irmã e perguntar se ela está bem. E por fim, meu filho, este relógio mostra que você ainda tem tempo. Tempo para ver que funcionários da sua empresa tem sentimento e não são máquinas, tem tempo para ter um filho que sinta orgulho do seu pai e uma mulher que sinta-se amada por seu marido. E você ainda tem tempo para que você seja um homem inteligente para perceber que lágrima não é vergonha. Eu te amo.”
E quando menos se esperava, uma gota bem pequena do liquido que expressa os sentimentos saiu dos seus olhos. Uma lágrima diferente de qualquer outra, era verde, verde como a caixinha.






sábado, 9 de maio de 2009

"Fui morar na estação da Luz, pois estava tudo escuro dentro do meu coração"



Eu gostaria de tempo.Tempo que não consigo alcançar. Tempo para desvendar São Paulo e quem sabe um dia me apaixonar!Talvez este seja um melodrama desses filminhos de cinemas cults, mas ainda não consigo pensar nessa cidade e rir de contente.Já dizia Nelson Rodrigues : "A pior forma de solidão é a companhia de um paulistano". E quem é Paulistano? Tenho amigos paulistas, conhecidos nordestinos, uns e outros cariocas. Mas paulistano, paulistano mesmo, está como encontrar agulha em palheiro.Às vezes da vontade de sumir! De sair por ai, seja Floripa, Rio, Amazonas... Sumir desse ter e não ter, de ser e não ser, de gostar e não gostar. Sumir do " Eu to na sua frente", desta competição onde não há percepção de quem ganha realmente é só você! E ninguém tem nada a ver com isso.Mas e lá? Seria eu um pouco capaz de ser feliz? Não sei! Me assusta pensar que São Paulo pode me imundar de felicidade, ou me carregar de pesadelos.Mas se pensas que sou fraco a ponto de chorar e voltar, de não tentar, engana-se!Vou entre a Sé e até o ponto final desse metrô! Embarcarei olhando aqueles mapas coloridos que me mostram onde chegar, mas vou descer no metrô Consolação, que fica na linha verde , a cor da esperança

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sem título , sem nada !

Por mais que meu dia seja rodeado de pessoas, amigos ou colegas de trabalho. Nada supera a dor da solidão...
É como sentir-se um grão de areia isolado, em cima de uma pedra, colocada em um canto da praia, rodeado de areia, só areia e mais nada!
Milhões de outros pensamentos, compromentimento e você aqui....
Almas envoltas em um ir e vir incansável.
E sinto saudade de casa, do acomchego do meu quarto, de comidinha de mãe....
Sinto falta do inesperado, do criado, da possivel esperança....
Estou cansado do rotineiro, do mesmo, das horas badalando em um mesmo ritmo....
Eliminei o que me fazia mal, tirei da minha vida o que me incomodava, pertubava, imundado de depressão.
Eliminei um mal... apenas um.. que mudou minha vida, que me fazia mal...
"Estes são pensamento soltos... Traduzidos em palavras... para que eu possa entender o que eu ainda não entendo...."

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Lei ANTIFUMO? Em que país é isso?



Pensar em educação? NÃO!

Preocupar-se com a segurança pública? Bobagem!

Então montar um projeto para crianças de rua, o que você acha? Deixa para outro dia!

Ah! Que tal preocupar-se com o cigarro que eu fumo e pago, trabalhando honestamente e além disso enviando minha contribuição para os cofres públicos? Ótima idéia!

ESSE É O BRASIL!

O país emergente! Que participou do G20! O país da liberdade e do carnaval, como é conhecido lá fora.

Liberdade de expressão! Liberdade para desfilar pelado no Carnaval! Mas e fumar? Fumar não é liberdade, caro amigo, agora é libertinagem!

Caso queira fumar, vai fumar no meio da rua, daí você é atropelado... já morre.... e a cada dia um número menor de pessoas fumando!

Nos Estados Unidos, a lei funciona perfeitamente. Não pode fumar mesmo! Corretíssimo. A segurança está perfeita, saúde em ordem e educação de qualidade!

E no Brasil?

Pode-me imaginar no ponto de ônibus? Parece que estou cometendo um crime, fica todo mundo olhando para minha cara! "Meu Deus, calma gente a lei ainda não entrou em vigor! Eu tenho 90 dias para me habituar".
Chamarão a policia, helicópteros sobrevoarão minha cabeça, colocarão o holofote para me deixar cego e a voz do megafone falará: "Solte este cigarro e coloque as mãos para cima!". Enquanto isso no meio da muvuca, quatro celulares foram roubados e uma mulher sofreu abuso sexual!

Esse é o Brasil!

sábado, 28 de março de 2009

Abandonado pela mulher, homem lança-se do 6º andar

Por volta da 1:50 desta madrugada, dia 28, na rua General Jardim, Região Central de São Paulo, um homem de aproximadamente 30 anos, lança todos os objetos de seu apartamento pela janela e por fim a si mesmo.
Todas as janelas vizinhas acenderam as luzes para identificar o motivo dos barulhos e a gritaria. No sexto andar de um prédio de classe média, localizado em uma das travessas da Rego Freitas, está um homem transtornado, gritando e jogando violão, mesas e cadeiras pela janela.
Nesta mesma rua, travestis que fazem ponto, gritam desesperadas ao lado da família do rapaz.
A família pede para que ele se acalme pois ela irá voltar.
Sua mulher arrumou todas suas coisas e saiu da casa que dividia com o marido, assim que ele chegou do trabalho, vendo que foi abandonado entrou em desespero.
Exatamente, esta é mais uma cena de um anormal apaixonado, porém, diferente do Caso Eloá, pois a mulher não estava presente
Após lançar todas as coisas do apartamento pela janela, ele se lançou, bateu a cabeça em uma varanda e foi de encontro ao chão. Levantou-se com a cabeça sangrando e as roupas rasgadas, olhou para público que o assistia e desmaiou.
O socorro veio logo a seguir. O rapaz inconsciente e foi levado ao hospital mais próximo.
Pela manhã, a rua estava livre dos móveis quebrados que ocuparam toda a rua.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Desafiei a vida em busca da felicidade.

Eu desafiei o tempo e a ordem lógica das coisas em busca da minha felicidade.
Desisti da paciência e da calma do interior para arriscar um caminho novo em São Paulo.
Deixei meu quarto, minha rua, minha família, amigos e rotinas sossegadas de uma cidadezinha onde a pequena praça era a melhor forma de se distrair.
Pensava em São Paulo como a solução de todos os problemas, de uma vida agitada e formidável como se todas as oportunidades do mundo pudesse ser minha fonte da juventude.
Fonte da juventude que venceria a minha liberdade.
Parei a faculdade e depois de um ano ainda não a terminei. Formarei no final do ano, sendo que já deveria ser professor-letrado-formado.
Falando de amor. É sentimento vão. Quando o encontra não se sabe se é pra sempre. Algo que em São Paulo não se tem o controle do individuo. Vivem-se mil amores e não se sabe seu paradeiro. Não o vê mais. O amor passa e mais um vez espero que este seja eterno.
Conquista-se o dinheiro, a sabedoria, palavras e vestimentas que antes só os encontrava em revistinhas de moda.
Encontra-se pessoas com personalidades diferentes, difíceis ou até mesmo loucos varridos que não importam-se com a alma, o pecado ou o perdão.
Esquece-se de objetos, carros, imagens, pensamentos, pessoas, torturas e desculpas.
Tenta-se um novo eu, um novo caminho e um martírio em busca da felicidade distante.
Nada está bom, nunca está bom.
Sempre quero mais. Sempre busco mais.
E se não amo. Amo. Tenho que tentar. Tenho que arriscar.
E mesmo que ainda não esteja completo. Não sei o que é estar completo.
Aprendi a me encarar com outros olhos de frente ao espelho, não me olhar como sucessor da cadeia familiar, mas sim como aquele que infringiu as regras e que fará diferente em busca do sucesso e da felicidade. Mesmo que essa seja momentânea e que minha saga em São Paulo se acabe e o interior agora seja meu futuro.
Hoje estou feliz, pois estou construindo dia-a-dia a minha dose diária de felicidade.
E o "futuro a Deus pertence" é a minha lista de objetivos para 2009.