segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

No Crepúsculo da Realidade


Queria saber se é possível viver em São Paulo um amor real.
As pessoas moram longe umas das outras, o tempo é quase um filme onde não se pode ter ideia da temporalidade das horas.
O filme Crepúsculo, mostra um amor tão lindo, tão perfeito ... e tão ficticio. E Que este ficticio poderia acontecer aqui em São Paulo.
Um vampiro e uma garota simples da cidade, resolvem viver um amor... Acho que o mais perfeito dessa história é a entrega de suas vidas um ao outro. Entrando na história que cada um tem. As dificuldades que passam juntos e ao mesmo tempo o amor irreal tomam posse de suas vidas. Sem medo de ser feliz e apenas o amor ditando os fatos e o enredo.
Agora acorda! Chega de idealizar o amor perfeito, aquele que tem que ser certinho, o amor que necessita do encaixe perfeito do quebra-cabeça.
Comigo isso não acontece! Amor? Razão?
Viver em um castelo encantado (o Copan), andar de carruagem (45010-A Terminal Bandeira).
Imagino que todos que lerem este post irão imaginar que não há nenhuma ligação entre um assunto e outro. Mas há.
Há dentro de cada coração, do meu e do seu, um pedido de amor ideal.
Às vezes com quem você está hoje, não seja aquela "BRASTEMMMP", mas veja como um crescimento, amadurecimento de dias melhores.
Não quero ser um endurecedor de coração ou nem mesmo um sangue-suga de líquidos quentes, quero até mesmo pedir mil desculpas, pois eu também continuarei sonhando com vampiros apaixonados, garotas sonhadoras e castelos encantados.
Se eu não sonhar, eu paro de viver.

sábado, 29 de novembro de 2008

Expressões idiomáticas

Algumas vezes, para uma boa cominucação, o jogo de cintura e a expressão exata facilitam sua comunicação com o mundo!

Vai a dica:

http://www.sk.com.br/sk-idiom.html

Expressões idiomáticas em inglês

sábado, 22 de novembro de 2008

Chuva da Verdade.


A chuva trás pensamentos de algo que você passou. Ver a chuva cair é simplesmente ser expectador dos milagres que está precisando.
Vejo estes minúsculos riscos de prata caindo como o turbilhão de oportunidades.
Quero me proteger dos raios violentos que tentam me afastar dos meus objetivos, turbilhões de água que querem retirar o que mais preciso, minha esperança.
Esperança que depois da chuva virá o Sol.
Esperança que logo após o alagamento das ruas de São Paulo veremos a real situação da estrada.
Esperança da àgua que limpa o rosto e purifica a mente, que nos deixa sem medo de viver e tentar e arriscar.
A chuva passou, a terra secou, o tempo fez sua parte e deixou uma plantinha verde brotar da terra fofa e molhada.
É, a turbulência passou, os barcos poderão singrar no mar sem medo algum de afundar.
Os guarda-chuvas, agora fechados, mostram quem realmente era aquela pessoa que ficava escondida.
Não quero viver de previsões do tempo mal formuladas. Quero escreve-las concretas e objetivas, onde as tempestades são afastadas. Ficarei apenas com o Sol que esquenta o coração e a famosa garoa de milagres desta terra.
Afinal, faça chuva ou faça Sol, estou aqui com meus pensamentos inalterados. E caso algo vá contra aos seus princípios usarei minha capa de proteção, transparente, assim como a água, pois quem te ver saberá realmente quem você é.

sábado, 1 de novembro de 2008

Onde morar em São Paulo?


O local onde morar, é o ponto crucial para que consiga sobreviver na Selva de Pedras.
São Paulo te favorece com lugares que têm estilos de vida diferentes.
Encontramos um misto de sociedade e realidade:
Roqueiros na Rua Augusta, que também é famosa pelas Garotas de Programas e Baladas.
Gays na Frei Caneca, além de ambiente e prédios de luxo na Alta sociedade dos Jardins e Moema.
Outras nações e muitos meninos de rua, na República .
Baladinhas e barzinhos na Vila Mariana
Além de ambiente familiar e cultural na Liberdade.
Pois agora dependerá do que seu querer, gostar e poder.
Encontramos ruas "temáticas" onde predomina certos pontos destacados acima, mas não que seja uma regra.
Hoje em moro em um apartamento no centro de São Paulo, próximo ao Copan. Todos em falam: "Nossa você mora bem!". Aparentemente sim, ao ver das pessoas que moram em lugares bem distantes, em zonas afastadas, realmente é.
Colocando em "pratos limpos" não é bem assim.
Há ruas de depreciam o lugar onde você mora, durante o dia é um ambiente movimentado (como de praxe), mas a noite ela se transforma, fica deserta, com pontos de prostituição e assalto.
Rua Augusta

Lugares bacanas para morar? Sinceramente gosto muito desta região central, assim como o centro expandido. Acostumei-me com os pontos culturais, shoppings e mercados 24h que facilitam a vida de um universitário e dono de casa em São Paulo.
Pesquisar valores, o ambiente durante o dia e noite, a vizinhança, bancos, metrô e pontos de ônibus próximos, são importantes para sua comodidade.
Resumindo:
Se você tem grana....Morumbi
Se quer status de classe média...Itaim e Broklin.
Se é pobre....Periferias em geral
Se é mais ou menos...Vila Mariana, Santana, Tatuapé
Se não é rico mas é metido, Consolação e República
Se tem muita grana, Alphaville (que não fica em sampa...mas fica perto).
Se quer bairro com comércio....Centro
Se quer bairro barulhento e baladas...Vila Madalena...Bela Vista...Santa Cecilia
Se quer um bairro lindo...Pinheiros.
Agora se quer viver bem, com qualidade de vida, ar puro e sem stress não venha para São Paulo!

sábado, 25 de outubro de 2008

Eloá e Lindenberg: A Bela e a Fera dos tempos modernos.


Como tudo que é novidade e torna-se rotineiro, estamos frente ao momento de matar a pessoa que não te ama. Se você não é correspondido e ama muito alguém, assim como Eloá e Lindenberg, será melhor matá-la? Será uma nova forma de amar? Ou o "Para sempre, sempre acaba", realmente termina, mas com fim trágico.
Os tempos realmente são outros. Os escritores românticos sofriam por amor. Sentimento primoroso em não ser correspondido. Isto mesmo! Por não ser correspondido, a amada continuava intacta e ilesa, como uma musa, uma obra de arte.
Mais tarde a paixão por Amélia, aquela que "não tinha a menor vaidade... era mulher de verdade".
Hoje temos mulheres com independência financeira, que trabalham, cuidam de casa e que procuram seus direitos. A mulher moderna.
Não posso generalizar em meio a "cachorras" e "popozudas" e mulheres frutas (Melancias, peras e morangos expostos em feira livre).
Cora Coralina, escritora, inteligentemente escreveu uma poesia sobre essa mutação feminina, isso no ano de 1965: "Que eu possa dignificar/ Minha condição de mulher,/Aceitar suas limitações/ E me fazer pedra de segurança/ dos valores que vão desmoronando"
Mulher é sim sentimental, sabem o que querem, são autênticas, mas muitas delas esqueceram o que é o amor pelo homem perfeito.
Homem perfeito você encontrará apenas nos Contos de fadas da Disney!
Realmente a história mudou.
O Príncipe encantado fica na pele Fera até o fim dos tempos e a mulher tem que viver o "Feliz para sempre", imaginando que ali dentro talvez viva um príncipe escondido.
E caso você não o ame, seja sutil para não ter fim trágico. Faça-o virar vegetariano e ir à busca de alguma frutinha de final de feira por ai, não é?

sábado, 18 de outubro de 2008

Terceiro Capítulo: Tudo certo! Nada Resolvido!



As meninas fingiram que não a viram entrar e continuavam conversando como se ela não estivesse ali.
- Desculpa a demora - disse tentando entrar no clima.
Sentou-se na poltrona amarela e olhou pela janela, o céu estava escuro e sombrio.
- Quer uma cerveja? - Disse uma das meninas, cortando a conversa entre elas.
Todos se calaram.
- Quero sim! - Poucas vezes havia bebido.
- Bom, vamos nos apresentar- disse a garota que já a conhecia- Bom você já me conhece, sou Marina, moro aqui em São Paulo a pouco mais de 1 ano e trabalho em uma loja no Shopping Morumbi. Vocês agora meninas.
A primeira a falar foi uma garota de cabelos loiros e piercing no nariz.
- Sou Fernanda. Tenho 25 anos. Moro nesta casa de loucas a 3 anos. Sou a mais velha da casa, por isso me obedeça.
Todas riram em meio a piadinhas que a chamavam de "avó da casa".
- Sou a Chechéu.
E a última.
- Oi ! Pode me chamar de Tavares, já que também me chamo Marina. Trabalho em uma advocacia. E você, trabalha em que?
Vitória ficou apenas deslumbrando os cabelos, as roupas e os sapatos das garotas que pareciam descoladas como as meninas da sua época de colégio e que nunca conseguiu conversar com elas.
- Não estou trabalhando ainda, estou procurando algo. Até mesmo se vocês souberem de algum lugar me avisem, por favor.
- Ah eu sei de um lugar que te contratariam bem rápido.
Vitoria estalou os olhos:
- Onde?
- Tem uma casa logo ali na Augusta. Chama-se Cocobongo. É só você dançar e mostrar as pernas.
Todas riram, exceto Vitória que simulou um sorriso.
- Ou cambista na 25 de março! - brincou Chechéu.
- Eu estou pensando em algo mais limpo.- Sorriu sem graça.
- Mais limpo? Já sei Catadora de Latinhas.
Todas riam descompassadas.
Já no quarto, sentada na cama, derramava lágrimas de desapontamento. Foi um fracasso a reuniãozinha. Parecia que nada mudou, que continuava sendo a bobinha do interior. Não conseguia conversar direito, ou até mesmo entrar em uma brincadeira.
- Vou voltar para o interior!
Então sua porta abriu. Era Marina. Aquela que aparentava ser a mais sensata.
- Posso entrar? Está chorando?
Vitoria abaixou a cabeça.
- Entra! Disse ainda com a cabeça baixa.
Marina, sentando a beira da cama, tentou consolá-la:
- Não fica assim, elas estão apenas brincando. Todas nós passamos por isso no começo. É como se fosse Boas-vindas, entende?
- Entendo sim - Levantou a cabeça - Mas acho que o problema sou eu, sabe? Parece que não sei em comunicar direito. Sou uma boba. E resolvi que vou voltar para o interior. Talvez este realmente não seja meu lugar.As coisas não estão dando certo.
Marina levantou da cama e foi até a janela. O céu agora estava claro e com uma faixa de luz da lua refletindo no quarto.
- Como você sabe? Você acabou de chegar! - Disse Marina em tom de esperança. - Te digo apenas uma coisa: São Paulo é a cidade da diversidade, aqui você vai encontrar pessoas de todos os jeitos, todos os estilos e todas as cores. É a oportunidade de você ser diferente, ser realmente você. E a única certeza que você terá é que nunca saberá a hora de voltar, já que não sabe o que acontecerá se continuar aqui. Você tem que tentar, tem que arriscar.
- Realmente - sorriu Vitória- Não sei o que vai acontecer amanhã não é?
- Exato ! - Exclamou Marina puxando Vitória pelas mãos - Agora se arruma, pois as meninas já estão quase prontas.
- Mas já é meia noite, aonde iremos?
- Você já foi em alguma balada aqui?
- Não!
- Então hoje é o dia!

sábado, 11 de outubro de 2008

Segundo Capítulo - Rosa em Preto e Branco


Ao acordar, estranhou o ambiente em volta. Havia esquecido que não estava mais em seu quarto cor de rosa com abajur de renda, onde carregava seus sonhos de menina. Lembrou-se de todos os detalhes da sua casa do interior. Seus momentos apaixonada pelo rapaz mais popular do colégio, que nunca notou sua presença na classe.
Era hora de levantar. Deveria imprimir seus currículos e começar a saga atrás de um emprego. Não deixaria seus sonhos serem apagados, mesmo que ainda não soubesse bem o que queria. Poderia ser qualquer emprego que ajudasse a estruturar suas vontades.
Quando chegou a porta do banheiro comunitário, viu uma garota sentada no banco do corredor.
- Bom dia! Você deve ser a nova inquilina que chegou ontem, estou certa?- Perguntou a garota
- Sim ! - Não precisava falar mais que uma afirmação, um "sim" já era suficiente.
- Veio de onde?
- Uma cidade ao lado de Aparecida do Norte - Não precisava falar o nome real da sua cidade, ninguém conheceria mesmo.
- Legal! Qual seu nome?
- Vitória - Era a primeira vez que havia falado seu nome em São Paulo - E o seu?
- Marina! Você precisa conhecer as outras meninas. O que vai fazer hoje a noite?
- Nada !
- Ótimo! Nos encontramos as 10, na sala! Tudo bem?
- Sim!
Entrou no banheiro sentindo-se uma idiota completa. A primeira oportunidade de fazer uma amiga, desperdiçou. Porém ficou ansiosa com a possibilidade de conhecer pessoas novas.
Foi para a rua entregar seus currículos. Restaurantes e empresas de contabilidade em volta do apartamento já saberiam seu nome. Em todos os lugares que ia era sempre o mesmo diálogo: "Sou nova aqui em São Paulo e já trabalhei neste ramo. Preciso com um pouco de urgência." Mesmo que fosse mentira, pois nunca havia carregado uma bandeja. A necessidade de liberdade financeira dos pais gritava mais alto.
Ao anoitecer, cansada de tanto andar, tomou um banho demorado, afinal seus poros pareciam entupidos de poluição. Deveria ficar bem apresentável para as outras meninas.
- A primeira impressão é a que fica. – Pensou consigo.
Abriu a sacola, onde estava uma blusinha que viu na vitrine de uma loja. Era verde. Puxou o cabelo em um rabo longo e fino. Sentia-se bem daquele jeito.
Chegou apreensiva até a sala. Então parou antes de chegar na entrada. Ouviu:
- Ela falou pouco comigo - reconheceu a voz, era da garota que viu pela manhã - Ainda não está no clima da capital, né?
Armou um sorriso no canto da boca e entrou na sala.
Eram 4 meninas que estavam sentadas despojadamente em qualquer canto. Cada uma com uma lata de cerveja na mão. Tinha que dar o melhor de si. Parecer simpática e despojada. Não seria a "toupeira" do interior. Não mais!

sábado, 4 de outubro de 2008

Inicio de uma história sem um fim.






Quando olhou pela janela do prédio, não sabia se São Paulo correspondia às suas expectativas.
- Aqui estou! - Pensou
Abriu sua mala. Suas roupas eram sem graça, sem cor, sem costura. Afinal não poderia usar mais aqueles trapos morando na "Capital do estilo". Separou peça a peça em dois montes: os aproveitáveis e os impossíveis de utilizar. Quando terminou, mudou de idéia e jogou tudo fora. Ainda tinha sua economia que a manteria viva, pelo menos o primeiro mês. Mas poderia ficar "desencanada", seus pais ajudariam assim que precisasse.
O apartamento-pensão era simples, as moradoras ainda desconhecidas e em seu quarto apenas uma cama, sua mala e uma janela grande.
Da janela era possível ver todos os prédios possíveis e nunca imaginados, era possível bisbilhotar no prédio ao lado, onde cada janela correspondia a uma vida.
Tudo era lindo, um pouco diferente, mas lindo.
Não era possível imaginar que estava ali. Com uma vontade de conquistar seu mundo e colocar a bandeira com seu nome escrito.
Afinal ela sentia como propriedade de si. Agora mandava e desmandava, tomaria banho ou não, deixaria de ser virgem, a bobinha do interior, a queridinha dos pais... seria simplesmente quem a quis por muitos anos e nunca pode. Seria feliz.
Estava com fome, precisava comer algo naquele bar simpático que viu ao chegar. Desceu pelas escadas arriscando encontrar algum rosto pelo caminho. Viu apenas o porteiro na entrada do prédio.
No bar, escolheu o lanche que costuma comer no interior, porém com o dobro do preço. Não queria bebida alguma. Entre catchups e queijos um casal chamou sua atenção. Aparentavam estar apaixonados, com olhares fixos, vozes calmas e sorrisos sempre presentes. Ela não lembrava mais o que era amar. Esqueceu todos os sentimentos no interior.
- Preciso trabalhar e não me casar. - sussurou para si.

Os pensamentos voavam, não sabia se ria ou chorava de felicidade. O que restava naquele momento era dormir, estava cansada da viagem, havia muita coisa a construir no dia seguinte. Antes de fechar os olhos lembrou-se da frase que sua avó disse antes de sair de casa: "Fé é o pássaro que sente a luz e canta quando a madrugada é ainda escura". Dormiu.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Atrás de cada face, há uma história escondida.


Assumo que alguns de meus medos em São Paulo foram sanados.
Eu comecei a perceber que existem seres realmente humanos nesta cidade. Sentimentos que estão escondidos atrás de faces apressadas e aparentemente indiferentes. Na verdade o sorriso, o "bom dia" ou até mesmo o aperto de mão, têm que partir de você.
Outro dia destes, estava eu no ônibus, lotado, quando uma senhora de cara emburrada e com sinais de sono embaixo dos olhos, me fitou, simulou um sorriso e me desejou bom dia. A partir daquele momento comecei encontra-la todos os dias no ônibus. Ela me fala sobre sua vida, de seus desejos e dificuldades. Acabei em tornando um consultor terapêutico, e de forma alguma isto me incomoda.
Além do fato ocorrido com esta senhora, eu presenciei uma cena que me surpreendeu: Era horário de pico. Uma garota aguardava o semáforo abrir ao meu lado. Por entre as pessoas saiu um cachorro sarnento, e como nem todos paulistanos, sendo eles racionais ou não, sabem que é necessário aguardar o homemzinho verde aparecer para que possamos passar com segurança, o animal saiu em disparada entre os carros, e ficou perdido com o movimento de ir e vir dos veículos. A menina ao meu lado, começou a gritar em desespero ao cachorro. Assim que o semáforo abriu, ela foi em direção ao cachorro, passou a mão em seu pêlo ralo e falho, deu um sorriso de aprovação que ele estava bem, e continuou seu caminho.
Comecei um processo de dar credibilidade a São Paulo. Acreditar na bondade das pessoas e no meu ânimo de viver. E repito existem sentimentos escondidos atrás de faces apressadas e aparentemente indiferentes.


Próximo post: Comentários sobre o primeiro capítulo de Alice. "Talvez valha mais uma Alice voando, do que mil Alices com os pés no chão…”



terça-feira, 16 de setembro de 2008

Alice no País das Oportunidades


“Uma garota que sai do interior para morar em São Paulo, e aqui ela encontra desesperos e alegrias".
Não, não estou falando sobre minha saga em São Paulo, mas há muitas coisas em comum.
Alice é um seriado brasileiro, que estréia dia 21 de setembro, e já estou apaixonado por ela.
Mas nem tudo são flores, pois só poderei assistir o primeiro capítulo (que passará em tempo real ne internet) já que essa trama, sofrida por muitos de nós interioranos-paulistas, será transmitida pela HBO.
HBO...
Eu não tenho HBO no meu apartamento (ou na minha kitnet, como queira). "Malê-má" eu tenho MTV na minha caixa-preta-com-chuviscos, que por sinal veio lá do interior.
Eu vou ter de esperar. Quem sabe haverá em DVD, né? Ou talvez o meu amigo Youtube colabore comigo!
Mas eu recomendo para quem conseguir assistir na integra. Além disso, quem quiser me contar o andar da carruagem dos capítulos, eu agradeceria. Pode ser até um resumo, ou algo parecido.
Alice fala de mim, mas não estará acessível a quem realmente gostaria de assistir. Ela estará nas telas de plasma daqueles que não entendem como é a vida de um interiorano em São Paulo. Ok, vamos concordar que talvez eles entendam, mas não vivem ou nunca viverão na pele de nós, "Alices no País das Oportunidades".

Este é um trecho do Blog da Alice: "Acontece que, de tanto as pessoas dizerem que ser egocêntrico é ruim, acabei achando que o mundo é uma coisa, e eu sou outra completamente diferente. E assim fui saindo do centro do meu ego, saindo do meu centro, do meu eu... Para onde eu fui eu não sei... Sei que continuo neste planeta, nesta cidade, e quando chove a única coisa que eu penso é que a previsão do tempo errou de novo."

e completo.. acho que Alice é a versão feminina de mim!


Atendendo a pedidos:


domingo, 7 de setembro de 2008

Domingo, o dia de ninguém !


Era sexta-feira, dia conturbadissimo em São Paulo.
Passo acreditar que neste específico dia da semana; os carros, ônibus e pessoas do mundo inteiro passem por aqui. É gente em todos os buracos, em todos os cantos e em todas as frestas. É engraçado que minha mãe às vezes sai do interior para fazer um passeio aqui em São Paulo. Detalhe: domingo. Ela diz: “Nossa, muito movimento aqui, não é?“. Não mãe, hoje, domingo, é o dia que as pessoas se escondem, elas entram em suas tocas ou juntam-se em pequenos grupos no Ibirapuera.
E você me pergunta, o que é o domingo? Domingo é meu dia de acordar com dor de cabeça do sábado e conseguir pensar no que eu estou fazendo da minha vida, é o único dia em que saio à janela do apartamento e não vejo os pingüins engravatados no prédio comercial a frente, ou o som das buzinas.
Acho que farei um calendário apenas meu. Personalizado. Ele ficaria mais ou menos assim: A segunda-feira nomearia “Dia de acordar com a cara emburrada”. De terça a quinta: chamaria rotina (ficaria rotina, rotina e rotina. 3 vezes), na sexta-feira: “Dia de acordar mais cedo, o ônibus estará lotado seu idiota... ACORDAAA!” No sábado: “Dia de ler o guia da semana da sexta-feira que você pegou no final do expediente da sua chefe”. E domingo: “ Dia de fazer algo que você leu no guia da semana da sua chefe.”, Obs: dar preferência as estrelinhas vermelhas com GRÁTIS”.
Mas calma, esse domingo ainda precisa durar 25 horas. Tenho que lavar roupa, arrumar a tomada que queimou e fazer todos os trabalhos da faculdade da semana inteira (ok, eu vou deixar os trabalhos da faculdade para última hora).
E caso sobre algum tempo, eu posto no blog.

Detalhe importante : Postei no blog e ainda não fiz nenhuma das outras obrigações!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Beijo de Serpente


Em um dia desses, rodando por canais desconexos, onde o controle remoto já era parte integrante do meu corpo, um canal me chamou a atenção. Era a história da Banda The Doors.
Sinceramente não é meu perfil gostar desta banda. Mas o meu foco foi a maneira que era contada. Em trinta minutos que o controle remoto parou de ser utilizado, 29 minutos mostava os rapazes drogados à acido e utopicamente soltando palavras ao vento.
A surpresa então me veio quando um dos integrantes da banda fala a seguinte frase: "Você tem que beijar a cobra! Se você beijar com medo ela te picará e o veneno invadirá suas veias. Mas se você beija-la sem medo algum, será o beijo que mudará sua vida e te mostrará o quanto você é forte e te levará para além do Paraíso."
Logicamente que não foram exatamente estas palavras, mas algo relacionado a isto.
E como diz uma amiga que adora The Doors: Agora você vem com as entrelinhas... E haja entrelinhas.
A cobra reflete a vida. Caso você decida beija-la, ou neste caso experiementa-la com medo, seu sangue não correrá, seus objetivos não fluirão. Ou talvez você aproveite com intensidade, sem medo ou sem privar-se de ser feliz, ela "mudará sua vida e te mostrará o quanto você é forte".
Ir além... está é a palavra que fica como resumo de um filme, onde a essência basta somente a você, unicamente a você, tirar o real significado.
Beijos, sem medo de serpentes, a todos!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Tô precisando de rémedio!


É inacreditavél a vida em São Paulo. Tão inacreditável que talvez deva ser vivida por apenas um momento e nunca mais.
Falar de clichês é fácil o bastante: correria, stress.. Mas São Paulo tem algo que está além dos olhos de uma câmera ou reportagem.
Este marco que define São Paulo perfeitamente, faz dos bonzinhos e caipiras do interior tornar-se como tal;faz dos coitados que viram dias à trabalho, semelhante; e de amigos ou parentes, em mesmo grau.
Talvez você more no interior (local onde eu nasci), então ainda não o conhece, mas vem para "Metropóle das Oportunidades" para ver o que acontece. Ela vai sim tomar conta de você, vai ficar no seu pensamento, vai comprometer seu dia e seu comportamento e por fim ela irá revolucionar seu jeito interiorano de ser.
A um ano aqui, acabei de conhecer, fomos apresentados através de um chefe, ou foi o cobrador do onibus?...talvez tenha sido os dois.. Mas prazer, seu nome é Frieza.
Frieza no olhar, no contato pessoal, ou até na distância entre amigos. Ser frio e coração gelado será um novo jeito de ver a realidade? O famoso jeito de leão comendo leão. É assim no onibus, na agência do banco, no condominio e até mesmo com seu vizinho que você viu a cara apenas 2 vezes em um ano!
Tô precisando de uma injeção de interior

sábado, 30 de agosto de 2008

"Fui morar na Estação da Luz, porque estava tudo escuro dentro do meu coração."


Eu gostaria de tempo.Tempo que não consigo alcançar. Tempo para desvendar São Paulo e quem sabe um dia me apaixonar!
Talvez este seja um melodrama desses filminhos de cinemas cults, mas ainda não consigo pensar nessa cidade e rir de contente.
Já dizia Nelson Rodrigues : "A pior forma de solidão é a companhia de um paulistano". E quem é Paulistano? Tenho amigos paulistas, conhecidos nordestinos, uns e outros cariocas. Mas paulistano, paulistano mesmo, está como encontrar agulha em palheiro.
Às vezes da vontade de sumir! De sair por ai, seja Floripa, Rio, Amazonas... Sumir desse ter e não ter, de ser e não ser, de gostar e não gostar. Sumir do " Eu to na sua frente", desta competição onde não há percepção de quem ganha realmente é só você! E ninguém tem nada a ver com isso.
Mas e lá? Seria eu um pouco capaz de ser feliz? Não sei! Me assusta pensar que São Paulo pode me imundar de felicidade, ou me carregar de pesadelos.
Mas se pensas que sou fraco a ponto de chorar e voltar, de não tentar, engana-se!
Vou entre a Sé e até o ponto final desse metrô! Embarcarei olhando aqueles mapas coloridos que me mostram onde chegar, mas vou descer no metrô Consolação, que fica na linha verde , a cor da esperança